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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Simplicidade que encanta

Passeando pelos blogs e sites, encontramos um que se chama Umas & Outras...por Clotilde Tavares, onde ela descreve sua passagem pela cidade de Paraú de maneira simples e encantadora. Então, tomamos a liberdade de colocar também em nosso blog, pois tudo que fala sobre Paraú é bem vindo aqui!


"Convido hoje o meu caro leitor para um reflexão a respeito da extrema delícia das coisas simples. Isso não quer dizer que eu não goste do requinte, da sofisticação. Mas além disso está a simplicidade, que termina sendo o extremo requinte. A simplicidade é o requinte do requinte.
Por exemplo, uma rede. Quer coisa mais simples, e que consegue dar mais prazer do que uma rede? Uma simples pedaço de pano grosso, suspenso no ar a partir dos seus extremos, móvel, balouçante e macia, herança preciosa dos nossos antepassados indígenas? Uma rede é a glória, a glória suprema. Mas é preciso saber se deitar, e não é todo mundo que sabe se deitar numa rede. É preciso descobrir o ângulo absolutamente certo entre a posição do seu corpo e a beirada da rede.
Falando em simplicidade, e em rede, lembro logo do sertão e de uma pousada em que fiquei hospedada em Paraú, ou Espírito Santo do Oeste, no Rio Grande do Norte. Quando cheguei na pousada, a mulher olhou assim para mim e disse “- Você dorme de rede?” Eu, cansada que vinha, caí nos braços dela: “- Durmo, querida…” Mergulhei então no berço daquela rede, dentro da qual fiquei me espojando feito um potro novo, preguiçando e espantando o cansaço… A rede era vermelha e a varanda era um poema de crochê, pesada, tecida numa linha grossa. Joguei-a por cima de mim e ela veio, se adaptando ao meu corpo, me fazendo uma carícia, aquela varanda pesada… Ô delícia…
O quarto tinha apenas a rede e uma cadeira onde coloquei a mala, mas era limpíssimo, paredes alvas e o chão brilhante de tão esfregado. O meu caro leitor talvez achasse essa hospedagem pobre, mas eu lhe digo que somente a rede era melhor do que aqueles apartamentos de hotel metido a besta de interior, com frigobar e outras bobagens. Para que é que eu vou querer um frigobar, quando posso dizer: “- Ei, a senhora tem um docinho?” ou “- Comadre, me arranje um cafezinho…” Telefone também não é necessário porque posso me levantar e chamar quem eu quero. Está todo mundo ali, pertinho, ao alcance da voz.
Depois, o jantar. Um jantar sertanejo. Arroz de leite, alvo, os pedacinhos de queijo amarelinhos apontando aqui e ali no meio do arroz. Carne assada, um feijãozinho macassar bem sequinho, sem muito caldo, e uma batata doce merecedora de um poema, uma canção, enxutinha, uma delícia. Depois, um suco de maracujá delicioso, feito com maracujá que não é comprado em supermercado porque é completamente diferente daquele que eu tomo em casa.
Pedi doce, não tinha, mandaram comprar. Daí a pouco entrou Salete – que é o nome da dona da pousada e criadora dessas delícias – com o pedaço de doce espetado na ponta de uma faca. Fiquei me sentindo medieval, comendo com a faca, metendo a faca na boca e com olhos molhadinhos de lágrimas, lembrando de que Mamãe, lá de Coxixola, na Paraíba, me servia doce desse mesmo jeitinho. Depois Salete me trouxe café e água e eu disse: meu Deus, eu não saio mais daqui.
Mas tive que sair, caro leitor. Tive que seguir viagem, mas acrescentei às minhas experiências essa, especial entre todas: o sertão e a sua simplicidade, das pessoas e das coisas."

Fonte: http://umaseoutras.com.br/a-delicia-das-coisas-simples/


Após essa belíssima descrição, só resta a você conhecer o que tem no sertão de simples e belo.

Como tudo começou....

     Em 1701, Padre Lúcio de Mendonça de Sá, Alferes Manoel da Silveira de Carvalho, Diogo de
Mendonça Bernardo Vieira de Melo, o último Capitão-Mor-Governador do Rio Grande do Norte,
receberam sesmarias de 3 léguas cada uma, no rio Paraú, no município de Campo Grande, atual
Augusto Severo.
     Luiz Justino de Oliveira, fundador de Paraú, nasceu na fazenda Cachoeira, em 1875. Aos 23
anos, mudou-se preá a Fazenda Espírito Santo, casando-se com Maria Damásia Gomes, estabelecendose
numa casa de taipa, com pequeno negócio de compra e venda que prosperando proporcionou a
abertura de casas comerciais em outros municípios. Ali permaneceu, mesmo após o falecimento de sua
esposa, empenho em fazer progredir a sua terra, pelo bem comum.
     Em 1911, casa-se novamente, com Maria Siqueira Cabral, iniciando-se no ano seguinte, a
construção de uma capela à devoção do Divino Espírito Santo, Padroeiro do município.
    Tendo em vista haver, no agreste, município com idêntica denominação, ao ser instalada a
Agência dos Correios e Telégrafos, teve seu nome mudado para Paraú de PERAU-U (rio do peraú, dos
buracos submersos, onde se perde o pé).
Gentílico: parauense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Paraú, pelo decreto estadual nº 57, de 21-12-1953,
subordinado ao município de Augusto Severo.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o distrito de Paraú, figura no município de Augusto
Severo.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Elevado à categoria de município com a denominação de Paraú, pelo decreto estadual nº 2781,
de 10-05-1962, desmembrado de Augusto Severo. Sede no atual distrito de Paraú ex-localidade.
Constituído do distrito sede. Instalado em 23-08-1962.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Luiz Justino de Oliveira Gondim - o fundador de Paraú e sua família

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Começando a história de Paraú....

Agora, aos poucos, vamos mostrando a cada postagem a história da cidade de Paraú...com fotos que nos foram cedidas pelos próprios parauenses que fazem questão de manter o passado vivo na memória.

    Nessa primeira foto vemos a cidade sendo erguida aos poucos. E, como boa cidade do interior, a primeira grande construção foi a da Igreja do Divino Espírito Santo.  Essa foto data, aproximadamente de 1912.
Abaixo a foto de Padre Militão, o primeiro pároco da cidade:


Posteriormente a Igreja passou por uma reforma, juntamente com a celebração de santas missões:
...procissões....
...até Frei Damião passou por Paraú pregando as boas novas....

Frei Damião e D. Cidinha
...e, atualmente, a Igreja do Divino Espírito Santo continua a promover as procissões, quermeses e novenas:


Igreja do Divino Espírito Santo - Paraú/RN
Festa do Divino Espírito Santo - Maio/2010
Quem tiver fotos, lembranças e histórias que gostariam de ver publicadas aqui no blog, mandem pra gente por email: paraurn01@gmail.com

Paraú no mapa


Esse é o famoso elefante - o mapa do Rio Grande do Norte. Neste existe uma marca vermelha simbolizando exatamente onde fica o município de Paraú. Da capital Natal, Paraú se distancia 243 km; o que de carro, dá aproximadamente 03h 22 min.
Pode até parecer, a princípio, longe, mas ao chegar lá e se deparar com a beleza do lugar é compensador!



Esperamos todos vocês para conhecerem nossa cidade, se encantar com as belezas naturais, e saborear uma bela comida sertaneja.

domingo, 28 de novembro de 2010

Reunião II

       Esses foram alguns resgistros da segunda reunião para a realização do I Encontro dos Amigos de Paraú. E os detalhes continuam sendo acertados, e logo que tudo esteja pronto, anunciaremos tudo em primeira mão no nosso blog!!!
Aguardem, que a festa vai bombar!!!!



Nubia e Rejane

Nubia, Gerusa, Patricia e Ritinha
Núbia, Gerusa e Ritinha

Romildo, Ritinha, Núbia, Rejane e Rentato
Romildo, Ritinha, Núbia, Gerusa, Rejane e Renato

I Encontro dos Amigos de Paraú

     Num encontro entre as  amigas e conterrâneas: Rejane, Núbia, Gerusa e Ritinha surgiu a idéia de reunir todos aqueles amigos queridos que conviveram em determinada época de suas vidas, e que compartilharam da infância e juventude na cidade de Paraú/RN.
    A idéia então foi tomando forma, até que chegaram a uma conclusão:  I ENCONTRO DOS AMIGOS DE PARAÚ.
    Este encontro está previsto para acontecer no dia 06 de janeiro de 2011 na residência de Núbia de Iracy.
    Abaixo, o registro da primeira reunião.
 
As idealizadoras: Rejane, Núbia, Ritinha e Gerusa
         






sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Paraú_RN

    Sejam bem vindos ao nosso blog, criado para mostrar para todo o mundo a bela cidade de Paraú.   
    Localizada no interior do Rio Grande do Norte, Paraú possui belezas inigualáveis. Aqui mostraremos o Paraú de ontem e de hoje, em constante crescimento sem perder as raízes nordestinas.
     A foto ao lado é do Rio Paraú, belíssimo! Daqui era extraído a água para abastecer a cidade desde sua fundação; hoje já não possui a mesma finalidade, mas é usado para a pesca e banhos refrescantes.
    Em épocas de secas grandes, o Rio Paraú secava, castigando o povo da região. Mas hoje, com a construção da barragem a seca já não maltrata como antigamente.
   Essa é a primeira de muitas postagens aqui no blog. Esperamos que gostem das paisagens e das histórias a serem postadas aqui. Divulguem o nosso blog, para que possamos demonstrar as belezas do nosso Nordeste.
   Pra finalizar a postagem de hoje, encerramos com um trecho da poesia de Patativa de Assaré (De EU E O SERTÃO - Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982)"Sertão, argúem te cantô,
Eu sempre tenho cantado
E ainda cantando tô,
Pruquê, meu torrão amado,
Munto te prezo, te quero
E vejo qui os teus mistéro
Ninguém sabe decifrá.
A tua beleza é tanta,
Qui o poeta canta, canta,
E inda fica o qui cantá."